"O sonho e o sangue de nossos antepassados permanecem em nós".

terça-feira, 15 de junho de 2010

CITA realiza Assembléia Geral para eleição de nova coordenação

O CITA realizou no dia 04 de abril de 2010 Assembléia Geral para eleger sua nova coordenação e discutir os problemas e desafios que o movimento indígena de Santarém vem enfrentando nos últimos anos.

Uma das principais preocupações do movimento indígena é o acirramento dos conflitos na Gleba Nova Olinda, com a criminalização de várias lideranças, algumas seriamente ameaçadas por sua luta pela terra e pelo reconhecimento de sua etnia indígena. A discriminação contra os indígenas vem crescendo na região, sendo que os jornais locais constantemente divulgam matérias acusando os indígenas de “falsos índios”.

Outro ponto foi a dificuldade financeira pela qual passa o CITA, em vista da total falta de recursos para gerir as atividades da entidade e promover a formação de lideranças para atuar no movimento. Decidiu-se que algumas medidas seriam tomadas para arrecadar fundos para o CITA, entre elas a contribuição mensal das aldeias, a realização de eventos, e de uma campanha virtual de arrecadação.

A nova coordenação foi eleita com os seguintes membros:

Presidente: Maria Elizia Melo de Paulo
Vice Presidente: Manoel Valdeci Caetano
Secretário: Nevaldo Barroso da Costa
Vice Secretário: Sebastião Araújo de Sousa
Tesoureiro: Francisco Godinho Campos
Vice Tesoureiro: Antonio Pereira


Indígenas participam do Encontro do MDVCA

Os indígenas das aldeias de Santarém participaram da Assembléia realizada pelo Movimento em Defesa da Vida e da Cultura do Arapiuns (MDVCA) no dia 3 de abril de 2010, na aldeia Cachoeira do Maró, Santarém – Pará.
 
A Assembléia contou com a participação de 200 pessoas da região do Arapiuns, especialmente representantes das comunidades e aldeias da Gleba Nova Olinda I. Entre as deliberações tomadas está a de apoiar a luta do movimento indígena da Gleba Nova Olinda pela demarcação de seu território, o qual tem aproximadamente 80 mil hectares, divididos entre 3 aldeias indígenas.


domingo, 23 de maio de 2010

Informações sobre o CITA

Apresentação

O movimento indígena dos Municípios de Aveiro, Belterra e Santarém completou 13 anos de organização. Nestes anos o problema principal que enfrentamos foi a intolerância étnica e o preconceito racial, pois nesta região ainda se conserva o mito da “unicidade racial” no qual se vê o ser humano de pele branca como a viga mestra desta identidade. Assim, os indígenas são tidos como mortos ou integrados à sociedade regional, e nessa condição, impedidos de mostrar a sua singularidade étnica. Contudo, essa história foi interrompida em 1997 por um grupo de comunidades que deixaram a sombra do “caboclismo” e enxergaram que tudo o que faziam e fazem tem identidade não de 500 anos, mas de milênios, ou seja: arte, música, dança, comida, organização social e espiritualidade foram construídas ao longo de séculos de práticas coletivas e foram mantidos até os dias atuais por meio de intercâmbio inter-cultural e inter-geracional. Essa presença indígena no contexto regional põe em cheque a unidade identitária e revela o rosto diferenciado que esteve por muito tempo submetido e que agora aflora exigindo o reconhecimento dos seus direitos e o respeito a sua identidade. A partir dessa visão e compreensão social, os indígenas de Santarém fundaram em 2000 sua entidade de representação política, o Conselho Indígena Tapajós Arapiuns – CITA.




Quem somos?

O Conselho Indígena Tapajós Arapiuns - CITA, foi fundado em 23 de maio de 2000, e representa os Povos Indígenas do Baixo Tapajós, Rio Arapiuns, Rio Maró e Planalto Santareno, quais sejam: Tupaiú, Apiaka, Arapium, Arara Vermelha, Borari, Cara-Preta, Cumaruara, Mundurucu, Maytapú, Jaraqui, Tapajó, Tupinambá e Tapuia. Seu objetivo fundamental é defender os direitos dos Povos Indígenas. Tem como outros objetivos: fortalecer a organização integral dos povos e aldeias; articular e integrar o Movimento Indígena regional a partir da COIAB; fomentar a auto-estima dos Povos Indígenas.